domingo, 16 de maio de 2010

A Helena 'negra' de Manoel Carlos

Foi uma fraude... Das mais escandalosas! A Helena era preta,mas a protagonista foi a deficiente física ( não pode usar termo politicamente incorreto,embora seja uma tentação chamá-la de...).
A expectativa da primeira Helena negra de Manoel Carlos, o blá blá blá do vídeo show, a pobre da Taís Araújo dizendo 'foi um presente do Maneco',mas é burrinha né ?!
(eu gosto dela, viu!)
Vai embora como veio'tampão'. "Olha como não somos racistas a Helena vai ser preta",mas não vai ser protagonista,obrigatoriamente embranquecida e com uma irmã vida louca, Aff! Preto=morro?
Olha que passou rapidinho, não tinha como ficar, era evidente que na disputa entre a modelo internacional que namorou pai e filho e a lindona da Aline cadeirante, ia dar a branquinha né?!

Presente do Maneco...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Primeira Impressão

Começo por retomar a prática dos estereótipos, na qual descrevi no relatório um posicionamento acerca de um dos personagens, aquele com o qual mais me identifiquei. Antes de tudo afirmo que foi proposital o exercício de deixar toda a ‘relação’ com o personagem se guiar pela primeira impressão. Isto é uma postura arriscada para as relações humanas, que elementos estão disponíveis para esta percepção? Qual a possibilidade de acertarmos na opinião ou filtrarmos apenas o que queremos ver nas pessoas? Embora possa estar claro que não é bem aquilo, parece que esta impressão inicial nos ‘conforta’ diante da complexidade do mundo, gerando um referencial para próximos contatos.
Penso que isso estaria bem representado pelas funções das representações sociais descritas por Abric, que seriam compreender e explicar o mundo, guiar e justificar comportamentos, definir e proteger a identidade grupal. Para esses processos me parece mais ‘economia de tempo’ tomar a primeira impressão na elaboração desse novo sujeito em nosso repertório. Penso que poucas pessoas teriam a postura cartesiana de começar por duvidar para poder confirmar e como já vimos na disciplina teorias atestam que começamos por crer para depois duvidar, à maneira spinoziana. Daí a importância de atentar se o que o indivíduo diz corresponde com seu comportamento.
Fora isso há a insustentável leveza do ser, que sei o que é, mas não sei explicar...Essa mania de amar(?!) de imaginar que o outro é o paraíso ( a la Vander Lee) e a súbita sensação que o mundo se coloriu, metafóras batidas né? Mas é isso, não tem mais teto linguístico para falar do amor ele é o óbvio, que de tão claro, requer mais e mais olhares...O que se repete é o que não foi dito o suficiente.A primeira impressão é uma porra de um mecanismo, dos malucos que se apaixonam a primeira vista, dos que se tornam amigos de infância na mesa do bar e daqui a pouco já está chamando de 'ninha', enfim não conseguimos viver a expectativa da decepção, é melhor acreditar...